Hoje comecei o curso as 9h30. Saída de casa as 9h05 e uma caminhada descansada que durou 20 minutos até à escola no Passeig de Gracia.
Ainda tive direito a ganhar 2 jornais com as notícias do dia de Espanha, oferecidos por 2 indivíduos que podiam ter qualquer nacionalidade menos esta.
Mas vamos ao que interessa: A escola, Digital Dreams Films, também usada como empresa de criação de filmes, é um luxo. Localização não podia ser melhor. Computadores ultra-mega-hiper potentes e silenciosos. Um silêncio que até faz confusão, estando eu em Espanha e fechado no mesmo espaço com cerca de 30 pessoas, digo eu.
Por falar em pessoas. O professor, Lluis (um dos sete que vou ter), é um jovem para os seus 30 e poucos anos. Desconfio que no auge da sua juventude devia ser "gótico/metaleiro", porque usa umas botas de biqueira de aço, calças, t-shirt e casaco, tudo preto. Cabelo comprido e barba. Tem uma cavidade estranha na testa, desconfio que das maluquices dos concertos da altura dele. Não sei. O importante é que explica bem e que a sua dicção na língua de nuestros hermanos facilita(-me) muito a compreensão.
Os colegas. E, como mandam as regras, primeiro as senhoras. A Karen, Dublin, Irlanda. Tem formação em design. Não quero ser mau. Mas como isto é uma avaliação à primeira vista, tenho desculpa. Parece-me o protótipo de loira burra. Não que todas o sejam. Mas esta é. Vive há 3 anos e meio em Barcelona e o catalão para ela é tão difícil de entender como o dialecto da tribo do Timbuctu, África de Baixo. Esforça-se por ser simpática com os colegas, o que é um ponto a favor.
O Javier, Javi, típico espanhol que fala, fala, fala e... fala. Vive com outro rapaz que trabalha no ramo e que o convenceu que isto era bom. Uma boa área para apostar. Bem-disposto, fala, fala, fala e... fala, muito depressa. Vou percebendo às prestações. Ele devia perceber que é de manhã. O meu cérebro não tá preparado para tanto, tão cedo. Isso quando não fala, fala, fala e... fala catalão. É verdade, já me esquecia, é daqui, pertence à fauna local.
O Uriol, outro que é daqui. O homem das tatuagens de flores nos pulsos. Dos brincos. Parece-me o mais velho. E é de longe o mais calado. Mas ainda assim conversador. QB. Tem vários cursos de 3D, mas partilha a minha opinião: nenhum dos outros programas se chega ao Maya. À primeira vista foi aquele com quem me identifiquei mais.
Todos me perguntam como é Lisboa, se é parecida com Barcelona. E o que é que eu estou cá a fazer. E depois eu digo que (só) estou cá desde quinta-feira passada e fica tudo a olhar para mim como se eu fosse um animal raro. Igual ao da imagem lá de cima.
Faltaram dois. Fizeram ponte, com certeza.
2 comentários:
cooool! bela descrição, parece que começaste o curso com o pé direito!
Os espanhois parecem simpático, pelo menos alegria não te vai faltar ;)
Ganda N.! :D Continua, continua...
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